segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Reality Mining – “Garimpar a realidade”

O software com esta tecnologia usada em celulares americanos consegue rastrear a rota das pessoas e levantar dados dos locais que elas costumam freqüentar, bem como usar as mensagens de texto, vídeos, fotos e páginas que a mesma usa para cruzar e classificar as pessoas com interesses comuns e que estejam nas proximidades, enviando estas informações para celulares compatíveis.
Uma das empresas que analisam estas informações é a Sense Networks que foi criada em 2006 e que trabalha com o programa CitySense que por enquanto só funciona em San Francisco na Califórnia que disponibiliza ao após o consumidor instalar o software as informações dos lugares mais populares da cidade e separa as pessoas em 20 tribos para dar indicações específicas de acordo com o grupo ao qual você pertença em mínimos detalhes.
O Citysense é tão preciso que consegue avisar ao passar na frente de um bar se o mesmo está cheio, se é freqüentado por jovens ou não dentre outros dados.
Já o Macrosense que está em testes levantará dados via GPS pelas antenas de celulares ou redes wireless de um estado ou até um país inteiro, fornecendo a previsão do tempo, distribuição socioeconômica da região, diversas estatísticas e muito mais.
Greg Skibiski informou que com estas tecnologias será possível cruzar dados com empresas e saber quais cartões de crédito as pessoas utilizam, quais produtos fazem mais sucesso em cada tribo dentre outras informações relevantes algo semelhante ao que o Google faz com o Adworks e o Adsense nas informações dos usuários do Orkut, Gmail, Blogger, etec... Para oferecerem a publicidade certa ao público certo. 
Acreditando que “Você não precisa saber o que as pessoas pensam, e sim o que elas fazem” Tony Jebara e Alex Pentland (Especialistas em tecnologia da MIT que trabalham no Sense) pretendem “bombar ” a tecnologia que com apenas duas semanas de monitoramento permite prever onde as pessoas estarão num determinado momento acusando no sistema se uma pessoa estiver “fora da rota”.
Patrícia Peck Pinheiro que é advogada especializada em direito digital acredita que “para efeito de base estatística, as informações dos indivíduos podem ser usadas de forma irrestrita desde que haja um acordo entre o consumidor e a empresa”
 Logicamente o consumidor escolherá se abrirá mão de sua privacidade, mas a tendência é de que nos próximos anos a tecnologia se expanda para órgãos governamentais com a desculpa da segurança pública para monitoramento maciço da população.
Que país não gostaria de ter uma arma destas em suas mãos? Como seriam os vírus para esta tecnologia e os crackers desta nova geração?